segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
A um amigo ...
Perdi um amigo no meio de palavras, de filmes, de personagens, de actores / actrizes; nos sons da música; perdi-o numa parábola sobre as prioridades da vida, um amigo com quem gostaria de tomar um café e continuar a partilhar estes meus devaneios, não estivesse ele zangado comigo.
Esta música é para ele: Verdes Anos de Carlos Paredes.
Agradeço-lhe por ter sido, quase sempre, um óptimo interlocutor.
Agradeço-lhe por ter sido, quase sempre, um óptimo interlocutor.
Um Bom Ano para ele e para todos os que lhe são queridos. Saudades!
sábado, 27 de dezembro de 2008
http://talvezpeninsula.blogspot.com/
Talvez uma Península é um dos poucos blogues que eu sigo e foi dos primeiros, senão o primeiro, a dar as boas vindas à Vida Suspensa, tendo sempre uma palavra para comentar os meus devaneios. Desejo-lhe o melhor, sob a pomba da Paz. Saudades. Até um dia ...
"Primeiro pareceu a Gaspar que a estrela era uma palavra, uma palavra de repente dita na muda atenção do céu. Mas o seu olhar habituou-se e ele viu que era uma estrela, uma nova estrela, semelhante às outras, mas um pouco mai próxima e mais clara e que, muito devagar, deslizava para o Ocidente.
E foi para seguir essa estrela que Gaspar abandonou o seu palácio."
Os três reis do Oriente de Sophia de Mello Breyner
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Feliz Natal ...
Feliz Natal a todos os que me proporcinaram momentos felizes: uma frase, uma mensagem, um comentário, um sorriso, um abraço forte, um convite ...
Noite de Natal com ?
"- Vou-te tocar o Ave-Maria de Schubert.
A mão corria-lhe tremente abaixo e acima no braço do violino e na tarde que se evolava, uma música suave e longa e misteriosa como não sabia o quê. Evoco agora essa música e também não sei. Qualquer coisa me arrepia e suspende, sobe em mim até um limite e desce de novo e alastra como a imensidade de um mar. Depois ergue-se de novo, arranca ainda até ao impossível, quebra de novo num repouso espraiado. Música do meu abismo, ó mistério inacessível e tão perto da minha comoção. Ardem-me os olhos agora que a evoco, ao anúncio indistinto da amargura e da paz. Deve ser isso a oração, mas nunca rezei assim.(...) Sol que se levanta ou uma lua enorme e clara num céu intenso e intensamente escuro, ou um mar aberto até ao infinito de nós, qualquer coisa de plácido e majestoso..."
A mão corria-lhe tremente abaixo e acima no braço do violino e na tarde que se evolava, uma música suave e longa e misteriosa como não sabia o quê. Evoco agora essa música e também não sei. Qualquer coisa me arrepia e suspende, sobe em mim até um limite e desce de novo e alastra como a imensidade de um mar. Depois ergue-se de novo, arranca ainda até ao impossível, quebra de novo num repouso espraiado. Música do meu abismo, ó mistério inacessível e tão perto da minha comoção. Ardem-me os olhos agora que a evoco, ao anúncio indistinto da amargura e da paz. Deve ser isso a oração, mas nunca rezei assim.(...) Sol que se levanta ou uma lua enorme e clara num céu intenso e intensamente escuro, ou um mar aberto até ao infinito de nós, qualquer coisa de plácido e majestoso..."
sábado, 6 de dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Não te vás embora
Não te vás embora
que o luar não tem hora
para ir dormir
Se te disserem que é a hora
de arrumar a loucura,
a hora de calçar as pantufas do medo
e o pijama da solidão
diz-lhes que o sonho não tem horário
e é quase uma criança a saltar ao eixo
ou um gato a trepar às estrelas
Diz-lhes que o sonho não tem horário
e que grita em nós como se fosse uma criança
com tudo a dizer e a pensar
Não te vás embora
que o mar tem hora
para se ir deitar
(...)
Não te vás embora
que nunca é tarde
para aprender a ser pétala
e se ficares que seja ao nosso lado
como quem se torna numa tulipa
e desafia a erva daninha.
Manuel José de Sá Correia, Sentado à tua mesa, Viseu, 1980
que o luar não tem hora
para ir dormir
Se te disserem que é a hora
de arrumar a loucura,
a hora de calçar as pantufas do medo
e o pijama da solidão
diz-lhes que o sonho não tem horário
e é quase uma criança a saltar ao eixo
ou um gato a trepar às estrelas
Diz-lhes que o sonho não tem horário
e que grita em nós como se fosse uma criança
com tudo a dizer e a pensar
Não te vás embora
que o mar tem hora
para se ir deitar
(...)
Não te vás embora
que nunca é tarde
para aprender a ser pétala
e se ficares que seja ao nosso lado
como quem se torna numa tulipa
e desafia a erva daninha.
Manuel José de Sá Correia, Sentado à tua mesa, Viseu, 1980
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Há Muito
Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa
Sophia, Obra poética
Dedicado "A quem ainda não desistiu de inventar dias mais claros" e a "Nada e Ninguém". Ao primeiro pelas escolhas que faz (literatura, cinema, música ...) e ao segundo pela sua escrita. Agradeço os pequenos momentos de beleza que os vossos blogues me têm proporcionado na minha Vida Suspensa.
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa
Sophia, Obra poética
Dedicado "A quem ainda não desistiu de inventar dias mais claros" e a "Nada e Ninguém". Ao primeiro pelas escolhas que faz (literatura, cinema, música ...) e ao segundo pela sua escrita. Agradeço os pequenos momentos de beleza que os vossos blogues me têm proporcionado na minha Vida Suspensa.
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