sábado, 13 de junho de 2009
domingo, 7 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
Instantes felizes sempre ...
L'amitié
Beaucoup de mes amis sont venus des nuages
Avec soleil et pluie comme simples bagages
Ils ont fait la saison des amitiés sincères
La plus belle saison des quatre de la Terre
Ils ont cette douceur des plus beaux paysages
Et la fidélité des oiseaux de passage
Dans leurs cœurs est gravée une infinie tendresse
Mais parfois dans leurs yeux se glisse la tristesse
Alors, ils viennent se chauffer chez moi
Et toi aussi, tu viendras
Tu pourras repartir au fin fond des nuages
Et de nouveau sourire à bien d'autres visages
Donner autour de toi un peu de ta tendresse
Lorsqu'un autre voudra te cacher sa tristesse
Comme l'on ne sait pas ce que la vie nous donne
Il se peut qu'à mon tour je ne sois plus personne
S'il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J'oublierai à la fois mes larmes et mes peines
Alors, peut-être je viendrai chez toi
Chauffer mon cœur à ton bois
Françoise Hardy
Beaucoup de mes amis sont venus des nuages
Avec soleil et pluie comme simples bagages
Ils ont fait la saison des amitiés sincères
La plus belle saison des quatre de la Terre
Ils ont cette douceur des plus beaux paysages
Et la fidélité des oiseaux de passage
Dans leurs cœurs est gravée une infinie tendresse
Mais parfois dans leurs yeux se glisse la tristesse
Alors, ils viennent se chauffer chez moi
Et toi aussi, tu viendras
Tu pourras repartir au fin fond des nuages
Et de nouveau sourire à bien d'autres visages
Donner autour de toi un peu de ta tendresse
Lorsqu'un autre voudra te cacher sa tristesse
Comme l'on ne sait pas ce que la vie nous donne
Il se peut qu'à mon tour je ne sois plus personne
S'il me reste un ami qui vraiment me comprenne
J'oublierai à la fois mes larmes et mes peines
Alors, peut-être je viendrai chez toi
Chauffer mon cœur à ton bois
Françoise Hardy
quarta-feira, 3 de junho de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
domingo, 10 de maio de 2009
Desafio VII
Porto calmo de abrigo
de um futuro maior
porventura perdido
no presente temor
Não faz muito sentido
não esperar o melhor
vem da névoa saindo
a promessa anterior
quando avistei ao longe o mar
ali fiquei
parado a olhar
sim, eu canto a vontade
canto o teu despertar
e abraçando a saudade
canto o tempo a passar
Quando avistei ao longe o mar
ali fiquei parado a olhar
Quando avistei ao longe o mar
em querer deixei-me ali ficar
de um futuro maior
porventura perdido
no presente temor
Não faz muito sentido
não esperar o melhor
vem da névoa saindo
a promessa anterior
quando avistei ao longe o mar
ali fiquei
parado a olhar
sim, eu canto a vontade
canto o teu despertar
e abraçando a saudade
canto o tempo a passar
Quando avistei ao longe o mar
ali fiquei parado a olhar
Quando avistei ao longe o mar
em querer deixei-me ali ficar
quarta-feira, 22 de abril de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Desafio VI
Já viajámos de ilhas em ilhas
já mordemos fruta ao relento
repartindo esperanças e mágoas
por tudo o que é vento.
já ansiámos corpos ausentes
como um rio anseia pela foz
já fizemos tanto e tão pouco
Que há-de ser de nós?
Que há-de ser do mais longo beijo
que nos fez trocar de morada
dissipar-se-á como tudo em nada?
Que há-de ser só nós o sabemos
Pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós.
Já avivámos brasas molhadas
no caudal da lágrima vã
e flutuando a Lua nos trouxe
à luz da manhã.
Reencontrámos lágrima e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?
Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu peito alvoroçado
devolver-se-á: "Endereço errado?"
(...)
Que há-de ser só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós.
já mordemos fruta ao relento
repartindo esperanças e mágoas
por tudo o que é vento.
já ansiámos corpos ausentes
como um rio anseia pela foz
já fizemos tanto e tão pouco
Que há-de ser de nós?
Que há-de ser do mais longo beijo
que nos fez trocar de morada
dissipar-se-á como tudo em nada?
Que há-de ser só nós o sabemos
Pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós.
Já avivámos brasas molhadas
no caudal da lágrima vã
e flutuando a Lua nos trouxe
à luz da manhã.
Reencontrámos lágrima e riso
demos tempo ao tempo veloz
já fizemos tanto e tão pouco
que há-de ser de nós?
Que há-de ser da mais longa carta
que se abriu peito alvoroçado
devolver-se-á: "Endereço errado?"
(...)
Que há-de ser só nós o sabemos
pondo o fogo e a chuva na voz
repartindo ao vento pedaços
que hão-de ser de nós.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Para descobrir durante o fim de semana
Agradeço e dou os parabéns aos que participaram, no último desafio - Célia, Existente Instante e outros que têm estado sempre presentes nestas brincadeiras. Conhecimento e perspicácia caracterizam-nos. Espero que continuem a participar e que gostem desta escolha.
Desafio V
"Sem saber se o tempo existia, se aquele desfilar durara um segundo ou cem anos, se existia um (...) ou um Gautama, um Eu e outros, profundamente ferido por uma seta divina que lhe causava prazer, profundamente fascinado e exaltado, Govinda permaneceu ainda um momento inclinado sobre o rosto pacífico de (...), que acabara de beijar, o rosto que fora o palco de todas as formas presentes e futuras. O seu semblante não se modificara, depois do espelho das mil formas se ter apagado da superfície. Sorria pacífica e ternamente, talvez muito graciosamente, talvez muito ironicamente, tal qual como o Sábio sorrira.
Govinda fez uma vénia profunda,enquanto lágrimas incontíveis lhe deslizavam pelo rosto velho. Avassalava-o um sentimento de grande amor, da mais humilde veneração. Inclinou-se muito, até ao chão, defronte do homem imóvel, cujo sorriso lhe recordava tudo quanto jamais fora valioso e santo na sua vida."
Govinda fez uma vénia profunda,enquanto lágrimas incontíveis lhe deslizavam pelo rosto velho. Avassalava-o um sentimento de grande amor, da mais humilde veneração. Inclinou-se muito, até ao chão, defronte do homem imóvel, cujo sorriso lhe recordava tudo quanto jamais fora valioso e santo na sua vida."
Final de um clássico. Ao contrário dos outros é um autor estrangeiro. As reticências substituem o nome da personagem que dá o nome ao livro.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
domingo, 18 de janeiro de 2009
Um ramo de urze e jasmim
"Era uma vez uma flor.
Nasceu à beira de um Poeta..."
Vês como é simples e linda?
Sebastião da Gama
Nasceu à beira de um Poeta..."
Vês como é simples e linda?
Sebastião da Gama
"(...)
Da minha janela
vê-se a Poesia.
Não te digo, não,
se é bonita ou feia,
se é azul ou branca,
nem que formas tem
Da minha janela
vê-se a Poesia.
Não te digo, não,
se é bonita ou feia,
se é azul ou branca,
nem que formas tem
Sebastião da Gama
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
O Regresso
"Casta, orvalhada da mesma frescura que humedecia a fruta nos seus pomares, Leiró acordava de uma grande noite de sono e de sonho. O primeiro fio de fumo subia já da lareira do João Rã, o madrugador da povoação. Erguia-se branco, preguiçoso, tímido da aragem fria da manhã. Mas, logo que chegava a céu aberto, tomava respiração, alargava os braços e diluía-se voluptuoso no éter perfumado do mar. Dos quinteiros nasciam vozes confusas da Babel animal. E da esquadria honesta dos portais, larga e franca, iam surgindo caras humanas e cristãs, levedadas para nova romaria de suor.
À distância de um tiro de espingarda, a medida que agora melhor conhecia, Ivo olhava e analisava aquele despertar. Sentado numa fraga de granito, a trouxa de roupa pousada ao lado, com o olho que lhe restava ia fotografando as fases sucessivas por que passava o casario e a vida da terra onde nascera. Talvez porque a via assim, só de um lado, precisamente o do coração, parecia-lhe que a entendia melhor agora, que a visão binocular de outrora destrinçava e empobrecia o sentido das cousas, incapaz de abraçar no mesmo amor o execrável e o santo."
De um escritor que se dirige desta forma aos seus leitores (Setembro de 1945): "Tomei o compromisso em teu nome, o que quer dizer em nome da própria consciência colectiva. Na tua ideia, o que escrevo, como por exemplo estas histórias, é para te regalar e, se possível for, para te comover. Mas quero que saibas que ousei partir desse regalo e dessa comoção para te responsabilizar na salvação da casa que, por arder, te deslumbra os sentidos".
Espero a vossa participação!
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
La fête avec Chagall
Viens, fais la fête
Viens dancer toujours
Célébrer l'amour
Séche tes larmes
Regarde autour de toi
Souris à n'importe quoi
Il faut toucher les choses
Bois ton vin
Sens tes roses
Suis les mots, du poète
Prends la vie
Fais la fête
Viens, vis la valse
Vis l'éclat des jours
Viens chanter l'amour
Ouvre tes portes
Reçois la vie chez toi
Gonfle ton coeur de joie
Il faut toucher les choses
Bois ton vin
Sens tes roses
Suis les mots, du poète
Prends la vie
Fais la fête
Rodrigo Leão
Célébrer l'amour
Séche tes larmes
Regarde autour de toi
Souris à n'importe quoi
Il faut toucher les choses
Bois ton vin
Sens tes roses
Suis les mots, du poète
Prends la vie
Fais la fête
Viens, vis la valse
Vis l'éclat des jours
Viens chanter l'amour
Ouvre tes portes
Reçois la vie chez toi
Gonfle ton coeur de joie
Il faut toucher les choses
Bois ton vin
Sens tes roses
Suis les mots, du poète
Prends la vie
Fais la fête
Rodrigo Leão
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
Novo Ano, Novo desafio...
"Lembro perfeitamente a tarde quieta em que parei à porta da pensão, para tomar um quarto sem refeições: chambre à louer. Puxei a argola de latão da campainha e esperei alguns instantes. A porta abriu-se e vi aparecer uma mulher forte, rosada, loira e mal penteada, com um avental de riscado azul, por sinal um pouco enxovalhado. Sorriu e acolheu-me cordialmente.
(...)
Anoitecia cedo, e eu sufocava de tristeza e nostalgia. Ainda não tinha tido tempo de fazer amizades, os meus trabalhos de laboratório estavam indecisos, e em vão tentava interessar-me pela gente com quem, ocasionalmente, entrava em contacto. Saía de manhã, sem sol, e reentrava ao prematuro entardecer. Tinha levado anos a sonhar com a independência, que nunca usufruíra, a meu gosto, e agora, senhor de mim, sentia-me de repente incapaz de usar dela. (...)
A verdade, não tardaria a sabê-lo, é que a liberdade pessoal e o sossego se pagam em silêncio, tributo o mais pesado. Por contraditório que pareça, só a presença de outros seres humanos acorda em nós as reacções que nos forçam a pensar, a mobilizar os conhecimentos, e a agir. Isto explica como é que eu nunca consegui viver sozinho nem longe -- duas coisas que desejava ardentemente.
(...) Mas esta dialéctica da misantropia (ou timidez) não será demasiado especiosa para ti, Léah?"
Pequenos trechos de um conto de um autor português da década de trinta, démodé.
Sables mouvants de Jacques Prévert
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déjà la mer s'est retirée
Démons et merveilles
Vents et marées
Et toi
Comme une algue doucement carressée par le vent
Dans les sables du lit tu remues en rêvant
Démons et merveilles
Vents et marées
Au loin déjà la mer s'est retirée
Mais dans tes yeux entrouverts
Deux petites vagues sont restées
Démons et merveilles
Vents et marées
Deux petites vagues pour me noyer
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
A um desconhecido
198? - Agosto, Vila Flôr, Trás-os Montes: entrámos numa quinta, parecia deserta. Perto da casa, apareceu um senhor, ainda jovem. Tomava conta da quinta. Nós gostaríamos de comprar vinho daquela região. Ainda não estava na época, mas que entrássemos. Seguimo-lo. O senhor pegou em duas garrafas, pô-las dentro de um saco e ofereceu-nas. Agradecemos. À saída ainda encheu um saco de maçãs.
http://terrear.blogspot.com/2009/01/s-para-os-amigos.html
No mesmo mês de Agosto, Vila Nova de Mil Fontes: chegámos tarde ao parque de campismo, montámos a tenda. Quatro da tarde e estávamos cheios de fome. Apercebemo-nos, pelo cheiro que, mesmo ao lado do campo, havia uns quiosques com comida. Fomos lá e, sem muitas explicações, mandaram-nos sentar e servir-nos do que estava na mesa. Trouxeram-nos pratos, talheres e perguntaram-nos o que queríamos beber. Bem, lá comemos e bebemos e, entretanto, descobrimos que estávamos no final de uma mostra gastronómica de caldeiradas de peixe. No final, desejaram-nos uma boa estadia. As caldeiradas estavam todas uma delícia!
199?, Sábado de manhã, Lisboa, Chiado, parquímetros para pôr moedas e, apenas uma nota de 500 escudos na carteira. Olho em volta mas nenhum café para trocar dinheiro. Aproximo-me do parquímetro e pergunto a um senhor se me trocava a nota. O senhor abriu a mão, com bastantes moedas e disse:"-- Tire as que quiser!" Insisti, para trocar a nota, mas em vão. O senhor justificou que gastava bastante dinheiro em estacionamento, todas as semanas que aquele que ele me estava a dar não lhe iria fazer diferença.
A estes desconhecidos só me resta agradecer a lição de vida que me deram ...
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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