"Sem saber se o tempo existia, se aquele desfilar durara um segundo ou cem anos, se existia um (...) ou um Gautama, um Eu e outros, profundamente ferido por uma seta divina que lhe causava prazer, profundamente fascinado e exaltado, Govinda permaneceu ainda um momento inclinado sobre o rosto pacífico de (...), que acabara de beijar, o rosto que fora o palco de todas as formas presentes e futuras. O seu semblante não se modificara, depois do espelho das mil formas se ter apagado da superfície. Sorria pacífica e ternamente, talvez muito graciosamente, talvez muito ironicamente, tal qual como o Sábio sorrira.
Govinda fez uma vénia profunda,enquanto lágrimas incontíveis lhe deslizavam pelo rosto velho. Avassalava-o um sentimento de grande amor, da mais humilde veneração. Inclinou-se muito, até ao chão, defronte do homem imóvel, cujo sorriso lhe recordava tudo quanto jamais fora valioso e santo na sua vida."
Govinda fez uma vénia profunda,enquanto lágrimas incontíveis lhe deslizavam pelo rosto velho. Avassalava-o um sentimento de grande amor, da mais humilde veneração. Inclinou-se muito, até ao chão, defronte do homem imóvel, cujo sorriso lhe recordava tudo quanto jamais fora valioso e santo na sua vida."
Final de um clássico. Ao contrário dos outros é um autor estrangeiro. As reticências substituem o nome da personagem que dá o nome ao livro.
2 comentários:
Penso que não estou errada:Hermann Hesse é o autor; "Siddhartha" é a obra!
Já um li há alguns anos, mas ficou comigo!
Faz parte do meu caminho.
IA
Já li há muiiiiiiiiiiitos anos, mas tudo indica que está certo o primeiro comentário (e só para não ir buscar o livro para confirmar).
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